Retrospectiva 2012 na TV... Putz! Agora se foi o ano de vez! Início de reflexões, ver o que deu certo, o que deu errado, o que nem teve como fazer.
2012 foi um ano de mudanças, adaptações e desafios. Nada impossível. Mas no réveillon do ano passado eu não imaginava tudo isso.
A vida é mesmo uma caixa de surpresas. Nós somos.
Tenho muito a dizer sobre 2012. Farei aos poucos.
"Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
Receita de Ano Novo, Carlos Drummond de Andrade
Precisa dizer mais alguma coisa? 2013 me espera de braços abertos!
Escrever talvez seja a melhor forma de expressar sentimentos. É o meu caso. Escrevo porque gosto. Compartilho sentimentos e visões de mundo. O papel não responde, não condena, não julga. É também aqui o espaço onde divido o que gosto, minhas inspirações - dizem muito sobre o que sou e como penso. “Destino não é uma questão de sorte. É uma questão de escolha.”
sábado, 29 de dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Mais um ano que vai... no trabalho
Mensagem que mandei hoje para os colegas da UPF TV e Rádio UPF.
O ano de 2012 terá 366 dias.
Destes, passamos praticamente 250 no trabalho convivendo - dia após dia.
Por vezes passamos com os colegas de trabalho mais tempo que com nossos filhos, pais e mães, esposas e esposos, namorados, namoradas. Devemos dizer que somos uma família?
Uma família feita de pessoas muito diferentes, com particularidades - qualidades e defeitos - com as quais aprendemos a viver e conviver a cada dia.
Uma família onde alguns parecem irmãos mais velhos, sempre dispostos a aconselhar, ouvir, entender e prestar socorro.
Onde os filhos mais novos estão dando os primeiros passos, descobrindo seu mundo e buscando seu espaço.
Onde os mais velhos, compartilham experiência e enriquecem o cotidiano do grupo com suas vivências e histórias para contar.
Onde pessoas passaram, deixaram sua marca, e se foram. Seguiram seus caminhos.
Onde certamente novas pessoas chegarão.
A arte de conviver não é fácil. Existem processos, sistemas, hierarquias, tarefas que devem ser feitas e regras que devem ser obedecidas. Stress, cobrança, por vezes insatisfação e, também problemas pessoais.
Trabalhamos em meios de comunicação, onde a exposição é constante e o reconhecimento depende do olhar e dos ouvidos apurados e sensíveis de ouvintes e telespectadores, que buscam o novo, esperam o diferente e que principalmente cansaram do padrão imposto pelas mídias comerciais.
É difícil ser diferente? Sim.
Mesmo assim, a UPF TV recebeu três prêmios muito importantes neste ano de 2012. Mantém uma grade de programação comprometida com a comunidade, com a informação rica em conteúdo e busca sempre inovar.
Mesmo assim, a Rádio UPF continua lutando e buscando fazer uma Rádio diferente, nas 24 horas de programação local e principalmente buscando se diferenciar pelo conteúdo e pela informação e pela qualidade do seu playlist musical.
Limitações existem? Sim.
Mas existe muito mais competência, seriedade, comprometimento, parceria, trabalho de equipe, espírito de colaboração, vontade de crescer, de mudar e de se reinventar a cada dia.
Cito Fernanda Mello, para finalizar:
"Sinta-se agradecido. Verdadeiramente agradecido. Por tudo o que você tem hoje. Por tudo o que você É. Seja honesto com seus sentimentos. Não se supervalorize. Nem tampouco se subestime. Seja forte. E bote pra quebrar (se vier a calhar).
No mais, é só viver com o coração aberto. Afinal, o mundo anda tão louco que quem não aproveitar o presente vai se arrepender amanhã. Essa é a minha única certeza."
E que venha 2013!
O ano de 2012 terá 366 dias.
Destes, passamos praticamente 250 no trabalho convivendo - dia após dia.
Por vezes passamos com os colegas de trabalho mais tempo que com nossos filhos, pais e mães, esposas e esposos, namorados, namoradas. Devemos dizer que somos uma família?
Uma família feita de pessoas muito diferentes, com particularidades - qualidades e defeitos - com as quais aprendemos a viver e conviver a cada dia.
Uma família onde alguns parecem irmãos mais velhos, sempre dispostos a aconselhar, ouvir, entender e prestar socorro.
Onde os filhos mais novos estão dando os primeiros passos, descobrindo seu mundo e buscando seu espaço.
Onde os mais velhos, compartilham experiência e enriquecem o cotidiano do grupo com suas vivências e histórias para contar.
Onde pessoas passaram, deixaram sua marca, e se foram. Seguiram seus caminhos.
Onde certamente novas pessoas chegarão.
A arte de conviver não é fácil. Existem processos, sistemas, hierarquias, tarefas que devem ser feitas e regras que devem ser obedecidas. Stress, cobrança, por vezes insatisfação e, também problemas pessoais.
Trabalhamos em meios de comunicação, onde a exposição é constante e o reconhecimento depende do olhar e dos ouvidos apurados e sensíveis de ouvintes e telespectadores, que buscam o novo, esperam o diferente e que principalmente cansaram do padrão imposto pelas mídias comerciais.
É difícil ser diferente? Sim.
Mesmo assim, a UPF TV recebeu três prêmios muito importantes neste ano de 2012. Mantém uma grade de programação comprometida com a comunidade, com a informação rica em conteúdo e busca sempre inovar.
Mesmo assim, a Rádio UPF continua lutando e buscando fazer uma Rádio diferente, nas 24 horas de programação local e principalmente buscando se diferenciar pelo conteúdo e pela informação e pela qualidade do seu playlist musical.
Limitações existem? Sim.
Mas existe muito mais competência, seriedade, comprometimento, parceria, trabalho de equipe, espírito de colaboração, vontade de crescer, de mudar e de se reinventar a cada dia.
Cito Fernanda Mello, para finalizar:
"Sinta-se agradecido. Verdadeiramente agradecido. Por tudo o que você tem hoje. Por tudo o que você É. Seja honesto com seus sentimentos. Não se supervalorize. Nem tampouco se subestime. Seja forte. E bote pra quebrar (se vier a calhar).
No mais, é só viver com o coração aberto. Afinal, o mundo anda tão louco que quem não aproveitar o presente vai se arrepender amanhã. Essa é a minha única certeza."
E que venha 2013!
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Encerrando ciclos
"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és…
E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
Fernando Pessoa
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos.
Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és…
E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"
Fernando Pessoa
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Coragem
“O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é CORAGEM."
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Trem da vida
"Você já viajou de trem alguma vez?
Numa viagem de trem podemos notar uma grande diversidade de situações, ao longo do percurso.
E a nossa existência terrena bem pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.
Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em algumas partidas.
Quando nascemos, entramos no trem e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam sempre conosco: são nossos pais.
Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis...
Mas isso não impede que durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir viagem conosco: são nossos irmãos, amigos, amores.
Algumas pessoas fazem dessa viagem um passeio. Outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precise.
Muitas descem e deixam saudades eternas... Outras passam de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são caros, se acomodam em vagões distantes do nosso, o que não impede, é claro, que durante o percurso nos aproximemos deles e os abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar.
Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...
O importante, mesmo, é que façamos nossa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que têm de melhor.
Devemos lembrar sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisemos entendê-los, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, certamente, haverá alguém que nos entenda e atenda.
A grande diferença, afinal, é que no trem da vida jamais saberemos em qual parada teremos que descer, muito menos em que estação descerão nossos amores, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
É possível que quando tivermos que desembarcar, a saudade venha nos fazer companhia...
Porque não é fácil nos separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos. Com certeza será muito triste.
No entanto, em algum lugar há uma estação principal para onde todos seguimos...
E quando chegar a hora do reencontro teremos grande emoção em poder abraçar nossos amores e matar a saudade que nos fez companhia por longo tempo...
Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali.
Que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o trem.
Se a sua viagem não está acontecendo exatamente como você esperava, dê a ela uma nova direção.
Se é verdade que você não pode mudar de vagão, é possível mudar a situação do seu vagão.
Observe a paisagem maravilhosa com que Deus enfeitou todo o trajeto...
Busque uma maneira de dar utilidade às horas. Preocupe-se com aqueles que seguem viagem ao seu lado...
Deixe de lado as queixas e faça algo para que a sua estrada fique marcada com rastros de luz...
Pense nisso... E, boa viagem!"
Redação do Momento Espírita
Numa viagem de trem podemos notar uma grande diversidade de situações, ao longo do percurso.
E a nossa existência terrena bem pode ser comparada a uma dessas viagens, mais ou menos longa.
Primeiro, porque é cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em algumas partidas.
Quando nascemos, entramos no trem e nos deparamos com algumas pessoas que desejamos que estejam sempre conosco: são nossos pais.
Infelizmente, isso não é verdade; em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos de seu carinho, amizade e companhia insubstituíveis...
Mas isso não impede que durante a viagem outras pessoas especiais embarquem para seguir viagem conosco: são nossos irmãos, amigos, amores.
Algumas pessoas fazem dessa viagem um passeio. Outras encontrarão somente tristezas, e algumas circularão pelo trem, prontas a ajudar a quem precise.
Muitas descem e deixam saudades eternas... Outras passam de uma forma que, quando desocupam seu acento, ninguém percebe.
Curioso é constatar que alguns passageiros, que nos são caros, se acomodam em vagões distantes do nosso, o que não impede, é claro, que durante o percurso nos aproximemos deles e os abracemos, embora jamais possamos seguir juntos, porque haverá alguém ao seu lado ocupando aquele lugar.
Mas isso não importa, pois a viagem é cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, despedidas...
O importante, mesmo, é que façamos nossa viagem da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com os demais passageiros, vendo em cada um deles o que têm de melhor.
Devemos lembrar sempre que, em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e, provavelmente, precisemos entendê-los, porque nós também fraquejaremos muitas vezes e, certamente, haverá alguém que nos entenda e atenda.
A grande diferença, afinal, é que no trem da vida jamais saberemos em qual parada teremos que descer, muito menos em que estação descerão nossos amores, nem mesmo aquele que está sentado ao nosso lado.
É possível que quando tivermos que desembarcar, a saudade venha nos fazer companhia...
Porque não é fácil nos separar dos amigos, nem deixar que os filhos sigam viagem sozinhos. Com certeza será muito triste.
No entanto, em algum lugar há uma estação principal para onde todos seguimos...
E quando chegar a hora do reencontro teremos grande emoção em poder abraçar nossos amores e matar a saudade que nos fez companhia por longo tempo...
Que a nossa breve viagem seja uma grande oportunidade de aprender e ensinar, entender e atender aqueles que viajam ao nosso lado, porque não foi o acaso que os colocou ali.
Que aprendamos a amar e a servir, compreender e perdoar, pois não sabemos quanto tempo ainda nos resta até à estação onde teremos que deixar o trem.
Se a sua viagem não está acontecendo exatamente como você esperava, dê a ela uma nova direção.
Se é verdade que você não pode mudar de vagão, é possível mudar a situação do seu vagão.
Observe a paisagem maravilhosa com que Deus enfeitou todo o trajeto...
Busque uma maneira de dar utilidade às horas. Preocupe-se com aqueles que seguem viagem ao seu lado...
Deixe de lado as queixas e faça algo para que a sua estrada fique marcada com rastros de luz...
Pense nisso... E, boa viagem!"
Redação do Momento Espírita
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
... e ela vem.
"Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário.
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem."
texto: Luis Fernando Veríssimo
~ Sinto muito, me perdoe, sou grata, eu te amo ~
sábado, 24 de novembro de 2012
Desejos
Sabe o que eu quero? Que tudo dê certo, que tudo termine bem. Que eu perceba que estou fazendo as escolhas certas, trilhando os caminhos corretos e levando as pessoas que eu amo para onde é preciso.
Que eu encontre as pessoas certas no caminho e que perceba quem não vale à pena levar junto comigo.
Que eu saiba dar valor para quem merece.
Que meu trabalho seja reconhecido e que meus esforços valham a pena.
Que cada dia, ao acordar, eu lembre de agradecer pela oportunidade de poder fazer mais um dia diferente. E que eu encontre motivação para isso a cada passo que eu dê.
Que minha casa seja um lugar de energias boas, acolhedora, que as pessoas sintam-se felizes e bem vindas nela.
Encerro citando Fernando Pessoa, perfeito.
“Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando…
Fazendo que planeando…
Vivendo que esperando…
Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.”
imagem: weheartit.com
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Pura poesia
Música linda do Nando Reis.
Poesia pura.
Sei (Nando Reis)
Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair…
Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali... Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo e muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui…
Sabe, quando passa a nuvem brasa
Abre o corpo, sopro do ar que traz essa pessoa
Quando quer ali deitar, se alimentar
E entregar seu corpo pra pessoa
Quando pensa porque não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui…
Sei... Eu sei.
Poesia pura.
Sei (Nando Reis)
Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair…
Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali... Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo e muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela pra longe daqui…
Sabe, quando passa a nuvem brasa
Abre o corpo, sopro do ar que traz essa pessoa
Quando quer ali deitar, se alimentar
E entregar seu corpo pra pessoa
Quando pensa porque não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui…
Sei... Eu sei.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Cristal
"Existem três coisas que são capazes de acabar com uma pessoa:
O silêncio, a indiferença e um sorriso."
Se sou perfeita? Não, não sou. Tento todos os dias fazer o melhor para que possa olhar para trás e ter orgulho da minha história.
Muitos episódios me deixam menos envaidecida por vários motivos. Pela forma que agi, pela falta de ação ou por agir demais quando não precisava, por me deixar influenciar ou simplesmente por - na tentativa de querer sempre acertar - cobrar demais dos outros e de mim mesma.
Tenho bastante para aprender, mas a maturidade ensina com quem e como você pode contar. Estes dias mesmo disse que as maiores ajudas e os maiores tombos vem de onde menos se espera. É a coisa mais real. A casca vai ficando cada vez mais grossa, os amigos cada vez mais raros e é cada vez mais difícil acreditar que as pessoas façam realmente o que prometem. Prometem mais e fazem menos.
Continuo acreditando que caráter e confiança são qualidades que uma vez abaladas, não se reconstituem.
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Pedido
"Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: Leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas. Daqui para frente apenas o que couber no bolso e no coração.”
texto: Cora Coralina
imagem: web
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Para hoje
Muitas vezes só gostaríamos que nossos amigos fossem eternos, que as pessoas responsáveis por trazer algo de bom para a nossa existência durassem o tempo suficiente para que não pudéssemos sentir a sua falta por nenhum minuto que seja.
Lidar com perdas, seja por doença, fatalidade, acidente ou de forma natural é uma barra muito complicada principalmente para as pessoas mais próximas que ficam com um vazio que não se preenche nunca mais, uma ferida que não cicatriza.
Abrace hoje. Diga que gosta, que se importa e que a amizade é importante.
Amanhã pode não dar tempo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
O que buscar
A Martha Medeiros é perfeita em suas crônicas. Quando fala em relacionamentos então, traduz de forma especial a busca por dias mais tranquilos. Como ela mesma diz, a busca pela sua melhor versão!
A melhor versão de nós mesmos
Martha Medeiros, em Zero Hora de 04/11/2012
Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores.
Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?
A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?
Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?
Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?
Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?
Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?
Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?
Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.
O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.
A melhor versão de nós mesmos
Martha Medeiros, em Zero Hora de 04/11/2012
Alguns relacionamentos são produtivos e felizes. Outros são limitantes e inférteis. Infelizmente, há de ambos os tipos, e de outros que nem cabe aqui exemplificar. O cardápio é farto. Mas o que será que identifica um amor como saudável e outro como doentio? Em tese, todos os amores deveriam ser benéficos, simplesmente por serem amores.
Mas não são. E uma pista para descobrir em qual situação a gente se encontra é se perguntar que espécie de mulher e que espécie de homem a sua relação desperta em você. Qual a versão que prevalece?
A pessoa mais bacana do mundo também tem um lado perverso. E a pessoa mais arrogante pode ter dentro de si um meigo. Escolhemos uma versão oficial para consumo externo, mas os nossos eus secretos também existem e só estão esperando uma provocação para se apresentarem publicamente. A questão é perceber se a pessoa com quem você convive ajuda você a revelar o seu melhor ou o seu pior.
Você convive com uma mulher tão ciumenta que manipula para encarcerar você em casa, longe do contato com amigos e familiares, transformando você num bicho do mato? Ou você descobriu através da sua esposa que as pessoas não mordem e que uma boa rede de relacionamentos alavanca a vida?
Você convive com um homem que a tira do sério e faz você virar a barraqueira que nunca foi? Ou convive com alguém de bem com a vida, fazendo com que você relaxe e seja a melhor parceira para programas divertidos?
Seu marido é tão indecente nas transações financeiras que força você a ser conivente com falcatruas?
Sua esposa é tão grosseira com os outros que você acaba pagando micos pelo simples fato de estar ao lado dela?
Seu noivo é tão calado e misterioso que transforma você numa desconfiada neurótica, do tipo que não para de xeretar o celular e fazer perguntas indiscretas?
Sua namorada é tão exibida e espalhafatosa que faz você agir como um censor, logo você que sempre foi partidário do “cada um vive como quer”?
Que reações imprevistas seu amor desperta em você? Se somos pessoas do bem, queremos estar com alguém que não desvirtue isso, ao contrário, que possibilite que nossas qualidades fiquem ainda mais evidentes. Um amor deve servir de trampolim para nossos saltos ornamentais, não para provocar escorregões e vexames.
O amor danoso é aquele que, mesmo sendo verdadeiro, transforma você em alguém desprezível a seus próprios olhos. Se a relação em que você se encontra não faz você gostar de si mesmo, desperta sua mesquinhez, rabugice, desconfiança e demais perfis vexatórios, alguma coisa está errada. O amor que nos serve e nos faz evoluir é aquele que traz à tona a nossa melhor versão.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Drummondt
Hoje, 31 de outubro, 110 anos do nascimento de Carlos Drummondt de Andrade - poeta, contista e cronista brasileiro.
"Há 110 anos, a pacata cidade de Itabira –MG paria um dos maiores poetas da literatura brasileira. Carlos Drummond de Andrade nasceu no dia 31 de outubro de 1902 e levou a cidade natal no coração por toda a sua vida. Prova desse amor pelas raízes é a presença de Itabira em tantos de seus contos.
Drummond era filho de fazendeiros e começou cedo a carreira de escritor. Formou-se em farmácia e por um bom tempo, não teve os escritos como prioridade. Mas nunca abandonou o amor pelas letras.
O autor segue a “libertação” proposta por Mário e Oswald de Andrade, utilizando-se da liberdade linguística, o verso livre, o metro livre e as temáticas cotidianas.
Apesar da ligação direta com o modernismo, é notável desde a sua primeira obra a presença constante do poema-piada e da descontração sintática.
Uma leitura leve, doce, calma e romântica. Usando o amor como tema de vários de seus escritos, Drummond toca o leitor no seu ponto fraco: o seu eu em outra pessoa. Seja falando da ausência, da saudade, da carência, do carinho ou da atenção, ele consegue falar do sentimento mais estimado pelo ser humano sem ser exagerado ou dramático.
Drummond faleceu em 1987, no Rio de Janeiro, 12 dias depois de perder sua filha. O poeta foi funcionário público durante boa parte da sua vida, sem deixar o amor pela literatura de lado em nenhum momento.
Entre seus poemas mais famosos está “A um ausente”, que só foi publicado após sua morte, no livro Farewell, concluído pelo autor. Há rumores que o poeta dirigia-se a um amigo que se suicidou com um tiro, o escritor e médico Pedro Nova."
fonte: Santa Pauta
Além de ser um dos mais famosos - A um ausente - é um dos meus preferidos, por motivos óbvios.
A um ausente
Carlos Drummond de Andrade
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
As Sem - Razões do Amor
Carlos Drummond de Andrade
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.
Mãos Dadas
Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Verbo Ser
Carlos Drummond de Andrade
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
"Há 110 anos, a pacata cidade de Itabira –MG paria um dos maiores poetas da literatura brasileira. Carlos Drummond de Andrade nasceu no dia 31 de outubro de 1902 e levou a cidade natal no coração por toda a sua vida. Prova desse amor pelas raízes é a presença de Itabira em tantos de seus contos.
Drummond era filho de fazendeiros e começou cedo a carreira de escritor. Formou-se em farmácia e por um bom tempo, não teve os escritos como prioridade. Mas nunca abandonou o amor pelas letras.
O autor segue a “libertação” proposta por Mário e Oswald de Andrade, utilizando-se da liberdade linguística, o verso livre, o metro livre e as temáticas cotidianas.
Apesar da ligação direta com o modernismo, é notável desde a sua primeira obra a presença constante do poema-piada e da descontração sintática.
Uma leitura leve, doce, calma e romântica. Usando o amor como tema de vários de seus escritos, Drummond toca o leitor no seu ponto fraco: o seu eu em outra pessoa. Seja falando da ausência, da saudade, da carência, do carinho ou da atenção, ele consegue falar do sentimento mais estimado pelo ser humano sem ser exagerado ou dramático.
Drummond faleceu em 1987, no Rio de Janeiro, 12 dias depois de perder sua filha. O poeta foi funcionário público durante boa parte da sua vida, sem deixar o amor pela literatura de lado em nenhum momento.
Entre seus poemas mais famosos está “A um ausente”, que só foi publicado após sua morte, no livro Farewell, concluído pelo autor. Há rumores que o poeta dirigia-se a um amigo que se suicidou com um tiro, o escritor e médico Pedro Nova."
fonte: Santa Pauta
Além de ser um dos mais famosos - A um ausente - é um dos meus preferidos, por motivos óbvios.
A um ausente
Carlos Drummond de Andrade
Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.
Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?
Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.
Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
As Sem - Razões do Amor
Carlos Drummond de Andrade
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça
É semeado no vento,
Na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.
Mãos Dadas
Carlos Drummond de Andrade
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considere a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história.
Não direi suspiros ao anoitecer, a paisagem vista na janela.
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida.
Não fugirei para ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Verbo Ser
Carlos Drummond de Andrade
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
Os Ombros Suportam o Mundo
Carlos Drummond de Andrade
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Aprendendo
Os últimos dias foram de muitos aprendizados. Experiências positivas e negativas que sozinhas valeram por anos. Eis um resumo:
A verdade assusta - ser verdadeira pode custar caro. Ser fiel ao que se sente também (e bastante). O amor opera grandes milagres, mas as pessoas precisam estar dispostas a recebê-los. Não importa o quanto você ajude, provavelmente isso será esquecido e não será devolvido da mesma forma que você entregou. Não, as pessoas não pensam e não agem como você - esquece! A vida é única, breve demais, não podemos subestimar nosso corpo e saúde (isso é muito sério). As maiores ajudas surgem de onde você menos espera. Os maiores tombos também. As pessoas te amam, te odeiam, te esquecem e te rejeitam com a mesma facilidade (como dizem por aí "faz parte da vida").
A verdade é que tudo isso já é conhecido. A dificuldade básica é de aceitar algumas situações com as quais não se está preparado para lidar.
A morte precoce de um colega.
O julgamento por quem você não esperava.
O silêncio inesperado.
O milagre merecido.
A palavra dita de forma errada.
A mão disposta a ajudar que não pede nada em troca.
A mão que puxa o tapete.
A indiferença e a falsidade.
A amizade que vem com o tempo.
A amizade que renasce.
A fé que viabiliza.
O importante é não se abater com os problemas - já que todo mundo tem os seus, ser protagonista da sua história e seguir aprendendo.
A verdade assusta - ser verdadeira pode custar caro. Ser fiel ao que se sente também (e bastante). O amor opera grandes milagres, mas as pessoas precisam estar dispostas a recebê-los. Não importa o quanto você ajude, provavelmente isso será esquecido e não será devolvido da mesma forma que você entregou. Não, as pessoas não pensam e não agem como você - esquece! A vida é única, breve demais, não podemos subestimar nosso corpo e saúde (isso é muito sério). As maiores ajudas surgem de onde você menos espera. Os maiores tombos também. As pessoas te amam, te odeiam, te esquecem e te rejeitam com a mesma facilidade (como dizem por aí "faz parte da vida").
A verdade é que tudo isso já é conhecido. A dificuldade básica é de aceitar algumas situações com as quais não se está preparado para lidar.
A morte precoce de um colega.
O julgamento por quem você não esperava.
O silêncio inesperado.
O milagre merecido.
A palavra dita de forma errada.
A mão disposta a ajudar que não pede nada em troca.
A mão que puxa o tapete.
A indiferença e a falsidade.
A amizade que vem com o tempo.
A amizade que renasce.
A fé que viabiliza.
O importante é não se abater com os problemas - já que todo mundo tem os seus, ser protagonista da sua história e seguir aprendendo.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
(...)
Tenho um coração maior do que eu, nunca sei a minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
(...)
Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque – aqui dentro – eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa!"
Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força. E força não há de faltar porque – aqui dentro – eu carrego o meu mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Me dê um chocolate, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa!"
texto: Fernanda Mello
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
"Respira. Serás mãe por toda a vida.
Ensine as coisas importantes. As de verdade.
A pular poças de água, a observar os bichinhos, a dar beijos de borboleta e abraços bem fortes.
Não se esqueça desses abraços e não os negue nunca. Pode ser que daqui a alguns anos, os abraços que você sinta falta, sejam aqueles que você não deu.
Diga ao seu filho o quanto você o ama, sempre que pensar nisso.
...
Deixe ele imaginar. Imagine com ele.
As paredes podem ser pintadas de novo, as coisas quebram e são substituídas.
Os gritos da mãe doem pra sempre.
Você pode lavar os pratos mais tarde. Enquanto você limpa, ele cresce.
Ele não precisa de tantos brinquedos. Trabalhe menos e ame mais.
E, acima de tudo, respire. Serás mãe por toda a vida. Ele será criança só uma vez."
De Vanesca para Vanesca, a mãe do Luís Henrique e do João Renato.
(eu amo vocês, milhões de vezes ao dia)
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
O laço e o abraço
Maria Beatriz Marinho dos Anjos, perfeita na tradução dos sentimentos mais complexos na forma mais simples. Hoje lembrei do texto do laço.
Ter laços, criar laços, refazer laços, manter laços... e os nós? Nada de nós.
Os nós pressionam, prendem, sufocam.
"Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!"
Não importa de que tipo de relação estamos falando: amor, amizade, pais e filhos, colegas. Qualquer relação de excessos cansa. A leveza deve dar o tom e acompanhar o desenrolar dos acontecimentos ao longo do tempo e do espaço.
"Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o
laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de
braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço
afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum
pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!"
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Certeza
"Sinta-se agradecido. Verdadeiramente agradecido. Por tudo o que você tem hoje. Por tudo o que você É. Seja honesto com seus sentimentos. Não se supervalorize. Nem tampouco se subestime. Seja forte. E bote pra quebrar (se vier a calhar).
No mais, é só viver com o coração aberto. Afinal, o mundo anda tão louco que quem não aproveitar o presente vai se arrepender amanhã. Essa é a minha única certeza." (Fernanda Mello)
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
Nietzsche
Palavras mais do que verdadeiras e sábias.
Vale aplicar no dia a dia, ou ao menos tentar.
"Estar bem e feliz
é uma questão de escolha
e não de sorte ou mero acaso.
É estar perto das pessoas que amamos
que nos fazem bem e que nos querem bem.
É saber evitar tudo aquilo
que nos incomoda ou faz mal,
não hesitando em usar o bom senso,
a maturidade obtida com experiências passadas
ou mesmo nossa sensibilidade para isso.
É distanciar-se de falsidade,
inveja e mentiras.
Evitar sentimentos corrosivos
como o rancor, a raiva,
e as mágoas que nos tiram noites de sono
e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los.
É valorizar as palavras verdadeiras
e os sentimentos sinceros que a nós são destinados.
E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível,
aqueles que dizem as coisas da boca para fora
ou cujas palavras e caráter nunca valeram
um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las."
Friedrich Nietzsche
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Delícia de música
♪
Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno
Deus me poupe do seu fim
Deus me proteja da sua inveja
Deus me defenda da sua macumba
Deus me salve da sua praga
Deus me ajude da sua raiva
Deus me imunize do seu veneno
Deus me poupe do seu fim
Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força
Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você
Deus me acompanhe
Deus me ampare
Deus me levante
Deus me dê força
Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você
Deus me perdoe por querer
Que Deus me livre e guarde de você
Deus me livre e guarde de você
Deus me livre e guarde de você
♪
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Caos?
A teoria do caos "é uma das leis mais importantes do Universo, presente na essência de quase tudo o que nos cerca. A idéia central da teoria do caos é que uma pequenina mudança no início de um evento qualquer pode trazer conseqüências enormes e absolutamente desconhecidas no futuro. Por isso, tais eventos seriam praticamente imprevisíveis - caóticos, portanto. Parece assustador, mas é só dar uma olhada nos fenômenos mais casuais da vida para notar que essa idéia faz sentido. Imagine que, no passado, você tenha perdido o vestibular na faculdade de seus sonhos porque um prego furou o pneu do ônibus. Desconsolado, você entra em outra universidade. Então, as pessoas com quem você vai conviver serão outras, seus amigos vão mudar, os amores serão diferentes, seus filhos e netos podem ser outros..." (http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-e-a-teoria-do-caos)
Pois bem. Apesar de toda teoria eu acredito que somos fruto e resultado do que está predestinado que seja pra cada um. Vivemos, aceitamos ou não as situações por que passamos. Muitas delas definem o futuro, mudam a vida.
Um passo em falso e está instalada a teoria do caos.
Mas o caos é o fim? Não! A vida é o resultado das nossas escolhas. Saber dizer NÃO é importante. Para ser aceito não precisa concordar com tudo.
Há muitos anos atrás me peguei longe pensando em como teria sido a minha vida se... e se... mas e se... e se também... Bom, a imaginaçao é fértil e a cabeça vai longe. Mas nada foi daquele jeito! Foi como foi, como é.
Arrependimento não é uma palavra que eu costumo usar. Acredito muito em destino. Por isso parei de ficar imaginando com teria sido "se"!
Ao invés de ficar pensando nisso, prefiro pensar no que fazer para melhorar o agora.
Tudo bem que uma pequena escolha no passado tenha mudado todo o meu futuro... mas isso era pra ser meu e ponto.
Se eu quero mudar minha vida, se você quer mudar a sua tenha certeza que não é mudando ou se agarrando no passado e analisando os "e se" que fizeram parte das escolhas da vida. Para mudar a vida, tem que trabalhar no hoje, no agora, investir no presente, em ações concretas e objetivas com foco no futuro.
Aí sim a coisa anda!
Beijo. Tô quase de férias.
imagem: Eduardo Fiel
Pois bem. Apesar de toda teoria eu acredito que somos fruto e resultado do que está predestinado que seja pra cada um. Vivemos, aceitamos ou não as situações por que passamos. Muitas delas definem o futuro, mudam a vida.
Um passo em falso e está instalada a teoria do caos.
Mas o caos é o fim? Não! A vida é o resultado das nossas escolhas. Saber dizer NÃO é importante. Para ser aceito não precisa concordar com tudo.
Há muitos anos atrás me peguei longe pensando em como teria sido a minha vida se... e se... mas e se... e se também... Bom, a imaginaçao é fértil e a cabeça vai longe. Mas nada foi daquele jeito! Foi como foi, como é.
Arrependimento não é uma palavra que eu costumo usar. Acredito muito em destino. Por isso parei de ficar imaginando com teria sido "se"!
Ao invés de ficar pensando nisso, prefiro pensar no que fazer para melhorar o agora.
Tudo bem que uma pequena escolha no passado tenha mudado todo o meu futuro... mas isso era pra ser meu e ponto.
Se eu quero mudar minha vida, se você quer mudar a sua tenha certeza que não é mudando ou se agarrando no passado e analisando os "e se" que fizeram parte das escolhas da vida. Para mudar a vida, tem que trabalhar no hoje, no agora, investir no presente, em ações concretas e objetivas com foco no futuro.
Aí sim a coisa anda!
Beijo. Tô quase de férias.
imagem: Eduardo Fiel
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Triagem
"Fico imaginando que essa tal “mulher independente”, aos olhos dos outros, pareça ser uma pessoa que nunca precise de ninguém, que nunca peça apoio, que jamais chore, que não tenha dúvidas, que não valorize um cafuné. Enfim, um bloco de cimento.
Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.
Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: “Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem”.
texto: Martha Medeiros
imagem: © Wavebreak Media Ltd./Corbis
Quando eu comecei a ter idade pra sonhar com independência, passei a ler afoitamente os livros de Marina Colasanti – foram eles que me ensinaram a importância de abrir mão de tutelas e a se colocar na vida com uma postura própria, autônoma, mas nem por isso menos amorosa e sensível. Independência nada mais é do que ter poder de escolha. Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar a magia de se viver um grande amor. Independência não é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou onde quero, com quem quero, porque quero.
Sobre a questão da independência afugentar os homens, Marina Colasanti brincava: “Se isso for verdade, então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são muito seguros de si. Que ótima triagem”.
texto: Martha Medeiros
imagem: © Wavebreak Media Ltd./Corbis
terça-feira, 3 de julho de 2012
O pacote tá pronto!
É fácil assumir a responsabilidade quando as coisas já estão prontas. Sair com o pacote pronto, lindo, bem embalado com conteúdo rico e que só vai trazer coisas boas.
Mas à que penas este pacote ficou prontinho assim? É preciso muita maturidade e cabeça no lugar para entender e perceber.
Valorizar e respeitar o que foi feito - e bem feito - é sinal de fraqueza? Ou é mais fácil questionar e atirar pedras? Este é o padrão. Tocar o pau.
Só a vida pode ensinar para algumas pessoas que as coisas são bem diferentes do que a sua concepção limitada pode julgar.
imagem: © Barbara Chase/Corbis
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Livrai-me!
"Livrai-me de toda mágoa que me impede de sorrir, todas as más intenções que me impedem de seguir. Dos maus pensamentos que tiram a paz, das más palavras que levam ao caos. Dos maus corações. Das más sensações. Tudo o que aqui dentro fizer mal.
E que assim eu me faça, livre da falta de fé. Da falta de sonhos.
Da falta de PAZ. Livrai-me de tudo que me prende. De tudo o que ofende a minha liberdade de ser. E de sentir."
texto: Caio Fernando Abreu
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Repensar
Repensar a vida é um processo demorado e por vezes doloroso.
É engraçado, mas fico aqui me perguntando qual o segredo? Menos exigência, mais paciência, mais tolerância, menos imediatismo... talvez.
Minha cunhada postou uma frase, que guardei para ler bastante:
"Somos seres imperfeitos vivendo uma experiência de reforma íntima para a nossa própria evolução, nos colocamos a disposição de Deus e a fé serve para nos dar coragem para seguirmos em direção a nossa missão."
Que missão é essa? Qual o caminho? Já fiz a pergunta e a resposta foi que só eu sei qual o caminho. O meu caminho.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Aos pares
Das duas, uma. Ou você tem namorado(a), amante, parceiro (a); ou está sozinha. A sociedade prega que as pessoas vivam em pares. Isso não é de hoje. Mas eu gostaria de dizer que sinto uma imensa preguiça desse papo. Papo furado de quem leu muito “Romeu e Julieta”. Eu acredito no amor. Não como uma salvação. Mas como um prêmio de quem consegue se achar. E se conhecer. Não acho que a felicidade do outro esteja unica-e-exclusivamente em alguém. Longe disso. O que eu vejo muitas vezes são pessoas desesperadas para encontrar alguém. Mulheres lindas e inteligentes que acreditam que são menos por não serem dois. Fico triste com tudo isso. Muita gente casa sem querer. Namora sem saber os sonhos de quem dorme ao seu lado. As pessoas banalizam o amor e o colocam em pacotes. Com laços de fita e tudo. Muito chique. Da Trousseau.
(O que eu acho é que o mundo precisa de pessoas apaixonadas. Por elas mesmas.)
texto: Fernada Mello
(O que eu acho é que o mundo precisa de pessoas apaixonadas. Por elas mesmas.)
texto: Fernada Mello
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Não estou só!
Tão bom saber que existem outras mães que, assim como eu, criam, educam e também têm dúvidas com relação à tudo o que fazem. Certas ou erradas, o que importa é que estamos tentando fazer a coisa certa!
Estes dois blogs são bem legais. Eu leio e recomendo!
http://www.coisademae.com/2012/05/mamae-remedio/
http://www.coisademae.com/2012/05/desafios-de-uma-mae-de-dois/
http://www.maededuas.com.br/2012/05/birra-e-terapia-do-abraco.html
Estes dois blogs são bem legais. Eu leio e recomendo!
http://www.coisademae.com/2012/05/mamae-remedio/
http://www.coisademae.com/2012/05/desafios-de-uma-mae-de-dois/
http://www.maededuas.com.br/2012/05/birra-e-terapia-do-abraco.html
terça-feira, 29 de maio de 2012
Vida perfeita?
Vida perfeita, só no facebook mesmo! Esta é a mais pura verdade. Porque o "papel" ou o face aceita tudo, a galera curte, compartilha e em alguns minutos você já sumiu no feed alheio e virou lenda.
Acabei descobrindo que muito bla bla bla não adianta de nada. Conversei muito, falei, falei, falei e talvez nunca tenha sido ouvida tanto quanto gostaria.
Meu coração é um campo minado, eu assumo. Não sou fácil, mesmo! Aprendi depois de algum tempo (e alguns tombos) que prefiro ser feliz (e ter razão, algumas vezes também!).
Passei muito tempo idealizando um relacionamento, um monte de coisas que não estavam ao meu alcance. Talvez é melhor que nem estejam mesmo! Tenho muito para aprender nesta vida.
Eu estou correndo atrás e tentando ser feliz com o que eu TENHO e garanto que é MUITO. Tenho que lembrar disso todos os dias quando acordo. Tenho MUITO. E não são de coisas materiais que estou falando, não.
Olha para o lado meu amigo, minha amiga.
Eu honestamente às vezes tenho vergonha de reclamar da vida. Fico triste por ver que pessoas vivem e convivem com isso e não agarram a chance de crescer e evoluir de uma vez por todas. Pessoas que se agarram no rótulo de vítimas do mundo e da vida, que preferem a pena do mundo à lutar para estar e ficar bem.
Acredita em mim, sem auto ajuda, a vida é boa. É difícil, mas é boa. A gente chora, mas é boa. A gente tropeça, cai, sofre, mas é boa. A gente perde, mas é boa. A gente briga, mas é boa. Acredita!
Tem um motivo pra gente estar aqui, pra tudo isso.
Só que cada um tem o direito de escolher o que quer viver ou não!
Acabei descobrindo que muito bla bla bla não adianta de nada. Conversei muito, falei, falei, falei e talvez nunca tenha sido ouvida tanto quanto gostaria.
Meu coração é um campo minado, eu assumo. Não sou fácil, mesmo! Aprendi depois de algum tempo (e alguns tombos) que prefiro ser feliz (e ter razão, algumas vezes também!).
Passei muito tempo idealizando um relacionamento, um monte de coisas que não estavam ao meu alcance. Talvez é melhor que nem estejam mesmo! Tenho muito para aprender nesta vida.
Eu estou correndo atrás e tentando ser feliz com o que eu TENHO e garanto que é MUITO. Tenho que lembrar disso todos os dias quando acordo. Tenho MUITO. E não são de coisas materiais que estou falando, não.
Olha para o lado meu amigo, minha amiga.
Eu honestamente às vezes tenho vergonha de reclamar da vida. Fico triste por ver que pessoas vivem e convivem com isso e não agarram a chance de crescer e evoluir de uma vez por todas. Pessoas que se agarram no rótulo de vítimas do mundo e da vida, que preferem a pena do mundo à lutar para estar e ficar bem.
Acredita em mim, sem auto ajuda, a vida é boa. É difícil, mas é boa. A gente chora, mas é boa. A gente tropeça, cai, sofre, mas é boa. A gente perde, mas é boa. A gente briga, mas é boa. Acredita!
Tem um motivo pra gente estar aqui, pra tudo isso.
Só que cada um tem o direito de escolher o que quer viver ou não!
Deficiências
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus.
"A amizade é um amor que nunca morre."
DEFICIÊNCIAS, de Renata Vilella.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Relacionamentos
Sou suspeita ao falar dele, porque o acho suas opiniões sempre coerentes, suas crônicas exatas e normalmente ele consegue colocar "o dedo na ferida".
Hoje li um texto que um amigo compartilhou, da autoria dele.
Relacionamentos: tem coisa mais difícil no mundo? E mais prazerosa? Só lendo. Vivendo, lendo e aprendendo... MUITO!
Relacionamentos, por Arnaldo Jabor
Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...'
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?
Hoje li um texto que um amigo compartilhou, da autoria dele.
Relacionamentos: tem coisa mais difícil no mundo? E mais prazerosa? Só lendo. Vivendo, lendo e aprendendo... MUITO!
Relacionamentos, por Arnaldo Jabor
Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida.
Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah,terminei o namoro...'
- 'Nossa,quanto tempo?'
... - 'Cinco anos... Mas não deu certo...acabou'
- É não deu...?
Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico; que é uma delícia.
E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate... se joga... se não bate...mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família?
O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão.
Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria compania?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte.
Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
E nem todo sexo bom é para namorar
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?
terça-feira, 22 de maio de 2012
Iniciando os trabalhos
Ontem foi divertido, segundo palavras do meu pequeno. Fizemos o primeiro "tema de casa", da escolinha. Pensei:
- Um bom começo é fundamental! Se esta experiência ficar marcada de forma legal na memória dele, vai ajudar no futuro.
Nós próximos ele vai lembrar de ser uma tarefa feliz!
Tínhamos que confeccionar um envelope. Comprei umas folhas coloridas, e fomos ao trabalho.
Uma folha pra cada um.
Dobra aqui, cola ali.
- É divertido, mamãe!
Passa cola no lugar errado, limpa, dobra de novo.
Depois pinta e cola adesivos...
Nos divertimos no primeiro "tema de casa". Foi um tema feliz.
- Um bom começo é fundamental! Se esta experiência ficar marcada de forma legal na memória dele, vai ajudar no futuro.
Nós próximos ele vai lembrar de ser uma tarefa feliz!
Tínhamos que confeccionar um envelope. Comprei umas folhas coloridas, e fomos ao trabalho.
Uma folha pra cada um.
Dobra aqui, cola ali.
- É divertido, mamãe!
Passa cola no lugar errado, limpa, dobra de novo.
Depois pinta e cola adesivos...
Nos divertimos no primeiro "tema de casa". Foi um tema feliz.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
É pecado sonhar?
"— É pecado sonhar ?
— Não, Capitu. Nunca foi.
— Então por que essa divindade nos dá golpes tão fortes de realidade e parte nossos sonhos?
— Divindade não destrói sonhos, Capitu. Somos nós que ficamos esperando, ao invés de fazer acontecer."
de Machado de Assis, em Dom Casmurro
imagem: © Jorgo/Stock4B/Corbis
Perfeito para começar a semana pós aula do MBA!
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Balões na cerca
Ontem comemoramos os 3 anos do João na escolinha.
Estamos na escolinha desde o início do ano, a adaptação foi tranquila, a prô Be é uma pessoa maravilhosa, a equipe toda da escola é nota mil, e o João Renato já comemorou o aniversário de muitas crianças, uns colegas e outros de outras turminhas.
Ontem foi o dele! Um dia especial, com toda certeza.
A cada aniversário de colega na escola, o dele era mais esperado. A expectativa era maior e ele falava: mamãe, depois vem o do Lucas, o do Gui e depois o meu!
Quando chegávamos na frente da escolinha, ao ver os balões pendurados na cerca da escola, ele já sabia: era dia de festinha de aniversário!
E eu juro, que queria muito ter câmeras nos meus olhos para registrar a alegria e a satisfação ao dobrar a esquina e quando o João viu, na sua escolinha os balões pendurados: era a sua festinha de aniversário que estava realmente acontecendo. O dia tão esperado chegou! Seus olhinhos brilharam, o sorriso mais lindo, a alegria mais contagiante!
Saí da escola e chorei.
Chorei porque sei que a alegria dele é pura, não tem a ver com valor, com investimento, com nada disso. Tem a ver com estar realizando sonhos, fazendo parte do seu grupo, comemorando com os seus coleguinhas, seus amiguinhos.
Escolhemos, eu e o pai dele, um tema que ele adora - o Thomas e ele estava realizado!
Em 3 anos, juro que não tinha visto ele tão feliz.
Ele recebeu os presentes, disse obrigado para todos e abraçou um a um. Teve até selinho! Tudo lindo demais.
Tenho certeza que assim como eu, o João nunca mais vai esquecer dos balões na cerca da escolinha...
Estamos na escolinha desde o início do ano, a adaptação foi tranquila, a prô Be é uma pessoa maravilhosa, a equipe toda da escola é nota mil, e o João Renato já comemorou o aniversário de muitas crianças, uns colegas e outros de outras turminhas.
Ontem foi o dele! Um dia especial, com toda certeza.
A cada aniversário de colega na escola, o dele era mais esperado. A expectativa era maior e ele falava: mamãe, depois vem o do Lucas, o do Gui e depois o meu!
Quando chegávamos na frente da escolinha, ao ver os balões pendurados na cerca da escola, ele já sabia: era dia de festinha de aniversário!
E eu juro, que queria muito ter câmeras nos meus olhos para registrar a alegria e a satisfação ao dobrar a esquina e quando o João viu, na sua escolinha os balões pendurados: era a sua festinha de aniversário que estava realmente acontecendo. O dia tão esperado chegou! Seus olhinhos brilharam, o sorriso mais lindo, a alegria mais contagiante!
Saí da escola e chorei.
Chorei porque sei que a alegria dele é pura, não tem a ver com valor, com investimento, com nada disso. Tem a ver com estar realizando sonhos, fazendo parte do seu grupo, comemorando com os seus coleguinhas, seus amiguinhos.
Escolhemos, eu e o pai dele, um tema que ele adora - o Thomas e ele estava realizado!
Em 3 anos, juro que não tinha visto ele tão feliz.
Ele recebeu os presentes, disse obrigado para todos e abraçou um a um. Teve até selinho! Tudo lindo demais.
Tenho certeza que assim como eu, o João nunca mais vai esquecer dos balões na cerca da escolinha...
quinta-feira, 10 de maio de 2012
MÃE É MÃE: mentira
"Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães,ok?
Desconstruir alguns mitos.
Não, não precisa se preocupar.
Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:
MÃE É MÃE: mentira!!!
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
Agora mãe é um monte de coisas:
é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
Também é cozinheira e lavadeira.
Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai.
Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock e pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!):
moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço,
se quiser também namora, trabalha, adora dançar.
Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
Mãe já foi mãe, agora é mãe também.
MÃE É UMA SÓ: mentira!!!
Sabe por quê?
Claro que sabe!
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
De certa forma, tem duas mães.
Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade.
O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.
Ser mãe é padecer no paraíso: mentira!
Que paraíso, cara-pálida?
Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
Cara,estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
Por exemplo?
Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
Aí a barra é pesada, pode crer...
Maternidade é a missão de toda mulher: mentira!!!
Maternidade não é serviço militar obrigatório, caraca!
Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los,como sabê-los?
Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.
Mamãe, eu quero: verdade!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua."
Texto: Martha Medeiros
OK, estou mega chorona. O dia das mães está chegando e eu fico sensível demais. São duas as épocas do ano que me debulho em lágrimas. Mês de maio e mês de agosto por causa da saudade do pai.
Ser mãe é meu tudo.
Mas tenho descoberto, dia após dia, principalmente com meu filho mais velho que ser mãe é aos poucos tornar-se desnecessária. Só que isso é dolorido demais!!!
Desconstruir alguns mitos.
Não, não precisa se preocupar.
Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
Agora mãe é um monte de coisas:
é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista.
Também é cozinheira e lavadeira.
Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai.
Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock e pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!):
moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço,
se quiser também namora, trabalha, adora dançar.
Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
Mãe já foi mãe, agora é mãe também.
Sabe por quê?
Claro que sabe!
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
De certa forma, tem duas mães.
Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade.
O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.
Que paraíso, cara-pálida?
Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
Cara,estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
Por exemplo?
Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
Aí a barra é pesada, pode crer...
Maternidade não é serviço militar obrigatório, caraca!
Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los,como sabê-los?
Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.
Mamãe, eu quero: verdade!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua."
Texto: Martha Medeiros
OK, estou mega chorona. O dia das mães está chegando e eu fico sensível demais. São duas as épocas do ano que me debulho em lágrimas. Mês de maio e mês de agosto por causa da saudade do pai.
Ser mãe é meu tudo.
Mas tenho descoberto, dia após dia, principalmente com meu filho mais velho que ser mãe é aos poucos tornar-se desnecessária. Só que isso é dolorido demais!!!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Abandono
Os textos da ELIANE BRUM são sempre muito bons. Mas hoje, muito mais.
Sobre a decisão de indenizar uma filha pelo abandono emocional sofrido pelo pai.
“Amar é faculdade, cuidar é dever”.
Quem vive relações onde pai e filho não moram juntos, pode se questionar. Porém fica a reflexão da colunista, na minha modesta opinião, a melhor até agora sobre o assunto.
Posso falar sobre isso, tenha certeza, e concordo com ela.
"É possível – e desejável – que um pai seja condenado por falta de afeto?
...
Todos nós temos de lidar com o que consideramos ausência ou falta de afeto, em várias medidas ao longo da vida. Faz parte da complexidade das relações humanas. E faz parte do humano do nosso tempo acreditar que nunca é amado o suficiente – não só pelos pais, mas pelos filhos, pelos namorados, pelos maridos e pelas esposas, pelos amigos, pelo mundo inteiro.
...
Temos de lidar com as faltas inerentes a qualquer vida da melhor forma que conseguirmos – e lidar com isso significa CRESCER. E crescer significa parar de choramingar e SEGUIR ADIANTE.
...
Tornar-se adulto, porém, é descobrir que o baralho nunca estará completo, que nem mesmo existe um baralho completo. Temos de jogar com as cartas que temos. E tentar recuperar cartas que jamais existiram, como se elas estivessem apenas perdidas, não nos ajuda a viver melhor.
...
Por enquanto, ainda queria lembrar que, às vezes, o melhor que pode acontecer a um filho é que certos pais e mães fiquem bem longe."
Vale a leitura: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/05/e-possivel-obrigar-um-pai-ser-pai.html
Sobre a decisão de indenizar uma filha pelo abandono emocional sofrido pelo pai.
“Amar é faculdade, cuidar é dever”.
Quem vive relações onde pai e filho não moram juntos, pode se questionar. Porém fica a reflexão da colunista, na minha modesta opinião, a melhor até agora sobre o assunto.
Posso falar sobre isso, tenha certeza, e concordo com ela.
"É possível – e desejável – que um pai seja condenado por falta de afeto?
...
Todos nós temos de lidar com o que consideramos ausência ou falta de afeto, em várias medidas ao longo da vida. Faz parte da complexidade das relações humanas. E faz parte do humano do nosso tempo acreditar que nunca é amado o suficiente – não só pelos pais, mas pelos filhos, pelos namorados, pelos maridos e pelas esposas, pelos amigos, pelo mundo inteiro.
...
Temos de lidar com as faltas inerentes a qualquer vida da melhor forma que conseguirmos – e lidar com isso significa CRESCER. E crescer significa parar de choramingar e SEGUIR ADIANTE.
...
Tornar-se adulto, porém, é descobrir que o baralho nunca estará completo, que nem mesmo existe um baralho completo. Temos de jogar com as cartas que temos. E tentar recuperar cartas que jamais existiram, como se elas estivessem apenas perdidas, não nos ajuda a viver melhor.
...
Por enquanto, ainda queria lembrar que, às vezes, o melhor que pode acontecer a um filho é que certos pais e mães fiquem bem longe."
Vale a leitura: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/05/e-possivel-obrigar-um-pai-ser-pai.html
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Dançando na chuva
"Viver não é esperar a tempestade passar, é aprender como dançar na chuva."
Autor desconhecido
Imagem: moodboard/Corbis
terça-feira, 1 de maio de 2012
Rosa?
Eu quero saber onde anda aquela parte cor-de-rosa da vida que prometeram quando eu era criança, que até hoje eu não encontrei!
Onde está a parte fácil? Ah, lembrei, se fosse fácil não era bom, ou não era pra mim. Isso? Por favor!
Certo, temos que crescer, evoluir, viemos para este mundinho para aprender. Como me disseram estes dias, isso que eu não nasci pobre e feia (não entendi porque isso, mas tudo bem, porque se pobreza e feiura fossem pré requisitos para poder reclamar - e/ou falar da própria vida, tem muita gente no lugar errado!).
Mas, voltando às origens, dizem que cada um só passa pelo que tem que passar, e que só carregamos o que podemos também. Mas, amigo, eu honestamente não estou questionando minhas cargas apenas tentando entender cada uma delas.
Onde estão aquelas pessoas que sorriem para você e ajudam a resolver os teus problemas? As minhas sumiram.
Deus permita que eu consiga fazer com que meus filhos acreditem em histórias, em contos de fadas, mas que saibam que a vida real é bem diferente do que contam os livrinhos e os filminhos.
Não é maldade, é economia na terapia no futuro.
Eu passei muito tempo buscando e acreditando, até meio tapada posso dizer, atrás de um mundinho rosa que eu imaginava existir.
Mas cada tijolinho rosa caiu por terra.
Hoje sei quanto custa cada coisinha que tenho que colocar dentro de casa, sei o valor de cada sim e de cada não que levo. Graças a Deus. Futilidade me dá nojo.
Aos 33 anos de idade, apaguei o rosa.
Não tem mais papai que dá colinho, não tem mais borboletas no estômago, muito menos expectativas cheias de estrelas.
Sabe o que eu queria agora? Um abraço.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Mudanças... até no blog!
Coisinhas? Dia destes olhei pro meu blog, e não me identifiquei mais com ele. Ora "coisinhas".
Tenho me virado em 30 ou me virado nos 30 literalmente para dar conta de tudo.
É filho que aborrece, filho pequeno que cresce, trabalho que exige, novo trabalho que surge, contas pra pagar, amigas pra atender, sms pra responder, cachorro pra cuidar.
Coisinhas de Vanesca? fala sério!
Tá na hora de mudar este rótulo.
Adoro textos, frases, citações, blogs, fotos, decoração, ideias novas.
Amo escrever. Coloco pra fora meus pensamentos e fico muito mais leve. Inspirações surgem das mais variadas formas, mas sou muito autobiográfica. Muita coisa não posso publicar!
Eu REALMENTE sou o que penso, o que gosto, o que leio e o que escrevo. Sou os blogs que acesso, os sonhos que tenho, as vontades que alimento na alma e no coração.
Sempre conversei melhor com o papel.
As palavras sempre foram meu refúgio. Descobri há pouco tempo isso como terapia.
O blog é meu espaço e das pessoas que eu admiro.
Aqui tem o que eu gosto e quem eu gosto.
"Escrever é também não falar. É calar-se. É gritar sem fazer ruído." {Marguerite Duras}
Tenho me virado em 30 ou me virado nos 30 literalmente para dar conta de tudo.
É filho que aborrece, filho pequeno que cresce, trabalho que exige, novo trabalho que surge, contas pra pagar, amigas pra atender, sms pra responder, cachorro pra cuidar.
Coisinhas de Vanesca? fala sério!
Tá na hora de mudar este rótulo.
Adoro textos, frases, citações, blogs, fotos, decoração, ideias novas.
Amo escrever. Coloco pra fora meus pensamentos e fico muito mais leve. Inspirações surgem das mais variadas formas, mas sou muito autobiográfica. Muita coisa não posso publicar!
Eu REALMENTE sou o que penso, o que gosto, o que leio e o que escrevo. Sou os blogs que acesso, os sonhos que tenho, as vontades que alimento na alma e no coração.
Sempre conversei melhor com o papel.
As palavras sempre foram meu refúgio. Descobri há pouco tempo isso como terapia.
O blog é meu espaço e das pessoas que eu admiro.
Aqui tem o que eu gosto e quem eu gosto.
"Escrever é também não falar. É calar-se. É gritar sem fazer ruído." {Marguerite Duras}
Bons ventos
Estou feliz.
Junto com a minha irmã está surgindo um negócio.
Há tempos ela faz coisas bacanas pra mim, ela é muito boa no que faz - é designer gráfica. Na verdade nosso negócio começou desde antes de o João Renato nascer, quando ela fez as lembrancinhas para o chá de bebê. E assim fomos trabalhando juntas sem querer. Até que há uns dias atrás ela me ligou e fez o convite. E estamos trabalhando juntas.
Uma completa a outra.
Ela faz muito bem o que eu não faço. E eu, da mesma forma.
Bons ventos... bons!
Junto com a minha irmã está surgindo um negócio.
Há tempos ela faz coisas bacanas pra mim, ela é muito boa no que faz - é designer gráfica. Na verdade nosso negócio começou desde antes de o João Renato nascer, quando ela fez as lembrancinhas para o chá de bebê. E assim fomos trabalhando juntas sem querer. Até que há uns dias atrás ela me ligou e fez o convite. E estamos trabalhando juntas.
Uma completa a outra.
Ela faz muito bem o que eu não faço. E eu, da mesma forma.
Bons ventos... bons!
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Igual pipoca
Chega a hora que temos que mudar, seja pelo amor ou pela dor.
Normalmente só mudamos pela dor.
Que venham, então as dores, as transformações. E fim.
"Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e de uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida no lança uma situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: Pânico, medo, ansiedade, depressão. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação."
Texto: Rubem Alves, em 'O amor que acende a lua'
terça-feira, 17 de abril de 2012
"A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração". Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.
O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.
O Amor não deveria ser exigente,
senão, ele perde as asas e não pode voar;
torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.
ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo;o motivo se torna sua definição, sua froteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragância do coração.
Diga sim à vida; abandone todos os nãos possíveis."
Texto: Osho
O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.
O Amor não deveria ser exigente,
senão, ele perde as asas e não pode voar;
torna-se enraizado na terra e fica muito mundano.
Então ele é sensualidade e traz grande infelicidade e sofrimento.
O amor não deveria ser condicional, nada se deveria esperar dele.
ele deveria estar presente, por estar presente, e não por alguma recompensa, e não por algum resultado.
Se houver algum motivo nele, novamente seu amor não poderá se tornar o céu. Ele está confinado ao motivo;o motivo se torna sua definição, sua froteira.
Um amor não motivado não tem fronteiras:
É a fragância do coração.
Diga sim à vida; abandone todos os nãos possíveis."
Texto: Osho
sexta-feira, 30 de março de 2012
Missão... de coração!
Texto: Clarissa Corrêa
Imagem: Tetra Images/Corbis
Imagem: Tetra Images/Corbis
segunda-feira, 26 de março de 2012
''Benditos os que conseguem se deixar em paz.
Os que não se cobram por não terem cumprido suas resoluções, que não se culpam por terem falhado, não se torturam por terem sido contraditórios, não se punem por não terem sido perfeitos.
Apenas fazem o melhor que podem.
Se é para ser mestre em alguma coisa, então que sejamos mestres em nos libertar da patrulha do pensamento.
De querer se adequar à sociedade e ao mesmo tempo ser livre...''
Martha Medeiros
Preciso aprender, Martha.
quarta-feira, 21 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Importante
"O guerreiro da luz aprendeu que Deus usa a solidão para ensinar a convivência.
Usa a raiva para mostrar o infinito valor da paz.
Usa o tédio para ressaltar a importância da aventura e do abandono. Deus usa o silêncio para ensinar sobre a responsabilidade das palavras. Usa o cansaço para que se possa compreender o valor do despertar.
Usa a doença para ressaltar a benção da saúde. Deus usa o fogo para ensinar sobre a água.
Usa a terra para que se compreenda o valor do ar.
Usa a morte para mostrar a importância da vida."
"Crescer custa, demora, esfola, mas compensa. É uma vitória secreta, sem testemunhas. O adversário somos nós mesmos."
Martha Medeiros
O tempo
“Quem teve o privilégio de viver muito, sabe que o tempo é um mestre muito caprichoso.
Às vezes as suas lições são tão repentinas que quase nos afogam.
Outras vezes elas se depositam devagar como a conta-gotas, diante da avidez de nossas perguntas. E por isso quem teve o privilégio de viver muito tempo, aprende a olhar com serenidade o turbilhão da vida.
Amores ardentes se extinguem. Urgências se acalmam. Passos ágeis alentam.
Enfim tudo muda.
Muda o amor, mudam as pessoas, muda a família. Só o tempo permanece do mesmo modo, sempre passando...
E é por isso que eu queria esta noite erguer um brinde a ele, que esculpiu no meu rosto e na minha alma a sua marca, da qual eu tanto me orgulho.
Então, ao tempo!”
Texto: Lícia Manzo/Marcos Bernstein, em A vida da Gente.
Às vezes as suas lições são tão repentinas que quase nos afogam.
Outras vezes elas se depositam devagar como a conta-gotas, diante da avidez de nossas perguntas. E por isso quem teve o privilégio de viver muito tempo, aprende a olhar com serenidade o turbilhão da vida.
Amores ardentes se extinguem. Urgências se acalmam. Passos ágeis alentam.
Enfim tudo muda.
Muda o amor, mudam as pessoas, muda a família. Só o tempo permanece do mesmo modo, sempre passando...
E é por isso que eu queria esta noite erguer um brinde a ele, que esculpiu no meu rosto e na minha alma a sua marca, da qual eu tanto me orgulho.
Então, ao tempo!”
Texto: Lícia Manzo/Marcos Bernstein, em A vida da Gente.
segunda-feira, 12 de março de 2012
O tempo e as mudanças
Eu quase não tinha tempo de ver a novela, mas neste dia eu estava na frente da televisão. Obra do destino. Não estava em casa, sentada ao sofá de forma confortável - estava em pé, esperando a minha vez numa fila qualquer. Mas a fala do personagem, a narrativa, a citação e o texto foram muito perfeitos.
Perfeitos e feitos sob medida.
“Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez. Pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras. Foi um filósofo grego que viveu no século V AC (século quinto Antes de Cristo), Heráclito de Éfeso, quem fez essa formulação que até hoje nos fascina: ‘o fluxo eterno das coisas, é a própria essência do mundo’, apontou Heráclito.
E se ainda hoje ficamos espantados com isso é porque nos apegamos teimosamente ao que já passou, esperando no fundo que tudo permaneça igual.
Então, é necessário um filósofo da antiguidade ou um escritor contemporâneo pra nos fazer entender que nada é permanente, a não ser a mudança.
Olha só, eu separei aqui um trecho do ‘Grande Sertão’ onde o Guimarães Rosa, fala um pouco sobre isso, olha só que beleza:
“O mais importante e bonito do mundo é isto, que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou...”
Não é incrível?
O filósofo flagra a fluidez e o escritor se maravilha com isso.
“É o mais bonito da vida”, diz Guimarães Rosa.
É uma celebração do movimento, não é um lamento. O tempo não pára. E isso é belo. Então, semana que vem, nós nos encontraremos aqui, e eu serei outro, e vocês também.”
Texto: Lícia Manzo/Marcos Bernstein, em A vida da Gente.
Perfeitos e feitos sob medida.
“Ninguém entra num mesmo rio uma segunda vez. Pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras. Foi um filósofo grego que viveu no século V AC (século quinto Antes de Cristo), Heráclito de Éfeso, quem fez essa formulação que até hoje nos fascina: ‘o fluxo eterno das coisas, é a própria essência do mundo’, apontou Heráclito.
E se ainda hoje ficamos espantados com isso é porque nos apegamos teimosamente ao que já passou, esperando no fundo que tudo permaneça igual.
Então, é necessário um filósofo da antiguidade ou um escritor contemporâneo pra nos fazer entender que nada é permanente, a não ser a mudança.
Olha só, eu separei aqui um trecho do ‘Grande Sertão’ onde o Guimarães Rosa, fala um pouco sobre isso, olha só que beleza:
“O mais importante e bonito do mundo é isto, que as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão sempre mudando, afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou...”
Não é incrível?
O filósofo flagra a fluidez e o escritor se maravilha com isso.
“É o mais bonito da vida”, diz Guimarães Rosa.
É uma celebração do movimento, não é um lamento. O tempo não pára. E isso é belo. Então, semana que vem, nós nos encontraremos aqui, e eu serei outro, e vocês também.”
Texto: Lícia Manzo/Marcos Bernstein, em A vida da Gente.
quinta-feira, 8 de março de 2012
O Mulherão
Um pedido de uma amiga, que considero MULHERÃO, por quem tenho grande admiração. Fui procurar e vou publicar este texto em homenagem a todas nós MULHERES. Ela já formou um filho, tem uma filha adolescente como eu e é uma destas mulheres que mata até mais de um leão por dia!
"Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80m, siliconada, sorriso colgate.
Mulherões, dentro desse conceito, não existem muitas: Vera Fischer, Malu Mader, Letícia Spiller, Adriane Galisteu, Lumas e Brunas.
Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.
Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, é quem de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava a roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão.
Mulherão é quem cria os filhos sozinha, quem dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia. Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres nota 10 no quesito lindas de morrer, mas mulherão é quem mata um leão por dia."
Texto: Martha Medeiros
imagem: Bettmann/Corbis
"Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80m, siliconada, sorriso colgate.
Mulherões, dentro desse conceito, não existem muitas: Vera Fischer, Malu Mader, Letícia Spiller, Adriane Galisteu, Lumas e Brunas.
Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulherão é aquela que vai de madrugada para a fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 100 reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.
Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, é quem de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava a roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão.
Mulherão é quem cria os filhos sozinha, quem dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia. Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres nota 10 no quesito lindas de morrer, mas mulherão é quem mata um leão por dia."
Texto: Martha Medeiros
imagem: Bettmann/Corbis
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