Os textos da ELIANE BRUM são sempre muito bons. Mas hoje, muito mais.
Sobre a decisão de indenizar uma filha pelo abandono emocional sofrido pelo pai.
“Amar é faculdade, cuidar é dever”.
Quem vive relações onde pai e filho não moram juntos, pode se questionar. Porém fica a reflexão da colunista, na minha modesta opinião, a melhor até agora sobre o assunto.
Posso falar sobre isso, tenha certeza, e concordo com ela.
"É possível – e desejável – que um pai seja condenado por falta de afeto?
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Todos nós temos de lidar com o que consideramos ausência ou falta de afeto, em várias medidas ao longo da vida. Faz parte da complexidade das relações humanas. E faz parte do humano do nosso tempo acreditar que nunca é amado o suficiente – não só pelos pais, mas pelos filhos, pelos namorados, pelos maridos e pelas esposas, pelos amigos, pelo mundo inteiro.
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Temos de lidar com as faltas inerentes a qualquer vida da melhor forma que conseguirmos – e lidar com isso significa CRESCER. E crescer significa parar de choramingar e SEGUIR ADIANTE.
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Tornar-se adulto, porém, é descobrir que o baralho nunca estará completo, que nem mesmo existe um baralho completo. Temos de jogar com as cartas que temos. E tentar recuperar cartas que jamais existiram, como se elas estivessem apenas perdidas, não nos ajuda a viver melhor.
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Por enquanto, ainda queria lembrar que, às vezes, o melhor que pode acontecer a um filho é que certos pais e mães fiquem bem longe."
Vale a leitura: http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/eliane-brum/noticia/2012/05/e-possivel-obrigar-um-pai-ser-pai.html
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