segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lembranças e Memória

As pessoas são o que elas vivem, as experiências que tiveram e as histórias que têm para contar. Semanas atrás, no trabalho, surgiu uma inspiração para um texto que ficou guardada em uma conversa com o Evandro Oliveira que falou de uma propaganda da Honda que eu posto logo abaixo. Falávamos sobre gosto musical e sobre ter o que contar. Inclusive sugiro que leiam a coluna dele na revista Alt do mês de outubro, que segundo ele próprio é "ácida", mas pertinente, em tempos de péssimo gosto musical.
Mas eu não quero falar sobre música.
Meu papo é outro.
A conversa com o Evandro e o encontro familiar de ontem, as conversas, as histórias reforçaram ainda mais que somos aquilo que vivemos e as histórias que temos para contar. Lembro com muitas saudades das tardes de sábado que eu passava ao lado do Vô Luiz, onde ele contava as histórias das longas viagens de cavalo, algumas eu nem lembro bem... e é uma pena que eu era tão criança naquela época e não pude aproveitar mais aquelas histórias tão ricas de sabedoria e detalhes.
O que você vai deixar para as pessoas é a tua história.
As histórias que você tem para contar.
Que histórias eu vou contar para os meus netos nos sábados à tarde?
No dia que surgiu a inspiração para este texto, estávamos comendo bala "chita", sabem aquelas que comprávamos nas tardes de domingo nas matinês do Cine Pampa? Sim!
Eu fui no cinema nos domingos à tarde, subia em árvore como os meninos, brincava de caçador, polícia e ladrão, participei das "Etnias" no Conceição, fiquei grávida aos 17 anos, aprendi a dirigir na auto-escola (que horror!), ia em reunião dançante, escrevia em diário, jogava basquete no colégio e em casa, tenho recordações de infância legais com meu pai de acampamento, mato, aventuras, viagens (atravessamos o Brasil de carro), coisas que ele e a mãe nos proporcionaram. Posso ensinar meus meus filhos a ouvir U2, Beatles, Rolling Stones. Eu apurei meu ouvido ouvindo música clássica muito alta com meu pai!
O fim da nossa conversa daquela manhã foi num tom meio filosófico, já que logo, o Evandro que vai ser pai da Isadora também pensando no futuro sentenciou junto comigo: "As pessoas não têm mais memória, as pessoas não tem mais do que lembrar. Vivemos num mundinho de futilidades e modinhas onde nada mais têm sentido como era antes."
É de parar para pensar!


Desde aquele dia eu parei para pensar o que eu estou fazendo da minha vida e que vida estou fazendo para contar para os meus netos no sábado à tarde!

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