terça-feira, 28 de maio de 2013

As escolhas de uma vida

A certa altura do filme Crimes e Pecados,
o personagem interpretado por Woody Allen diz:
"Nós somos a soma das nossas decisões".
Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta
e de lá nunca mais saiu. 

Compartilho do ceticismo de Allen:
a gente é o que a gente escolhe ser,
o destino pouco tem a ver com isso. 


Desde pequenos aprendemos que,
ao fazer uma opção,
estamos descartando outra,
e de opção em opção vamos tecendo essa teia que
se convencionou chamar "minha vida". 

Não é tarefa fácil.
No momento em que se escolhe ser médico,
se está abrindo mão de ser piloto de avião.
Ao optar pela vida de atriz,
será quase impossível conciliar com a arquitetura. 

No amor, a mesma coisa:
namora-se um, outro, e mais outro,
num excitante vaivém de romances.
Até que chega um momento em que é
preciso decidir entre passar o resto da vida
sem compromisso formal com alguém,
apenas vivenciando amores
e deixando-os ir embora quando se findam,
ou casar, e através do
casamento fundar uma microempresa,
com direito a casa própria, orçamento
doméstico e responsabilidades.
As duas opções têm seus prós e contras:
viver sem laços e viver com laços... 

Escolha:
beber até cair ou virar vegetariano e budista? 

Todas as alternativas são válidas,
mas há um preço a pagar por elas.
Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses,
ser casados de segunda a sexta
e solteiros nos finais de semana,
ter filhos quando se está bem-disposto
e não tê-los quando se está cansado. 

Por isso é tão importante o auto conhecimento.
Por isso é necessário ler muito,
ouvir os outros,
estagiar em várias tribos,
prestar atenção ao que
acontece em volta e não
cultivar preconceitos. 

Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas,
elas têm que refletir o que a gente é.
Lógico que se deve reavaliar decisões e
trocar de caminho:
Ninguém é o mesmo para sempre.
Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar,
e não para anular a vivência do
caminho anteriormente percorrido. 

A estrada é longa e o tempo é curto.
Não deixe de fazer nada que queira,
mas tenha responsabilidade e maturidade
para arcar com as
conseqüências destas ações. 

Lembrem-se:
suas escolhas têm 50% de chance de darem certo,
Mas também 50% de chance de darem errado. 

A escolha é sua...

texto: Pedro Bial 
imagens:tumblr

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