segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Reflexão

Reinvente

"Se não deu certo
Apague e recomece.
Esqueça o que ficou
Esqueça a culpa
A falta de plano
Esqueça a dúvida
O que foi quase engano

Apague e recomeçe

É sempre hora de mudar
De virar a página
E se reinventar.

(mesmo que doa, aprender não é um processo à toa.)"


Texto de Fernanda Mello, para começar uma semana cheia de letras aqui em Passo Fundo.
Semana de Jornada de Literatura.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Deixe-se em Paz

Overdose de Martha Medeiros!
Mas, com justa causa.
Adorei a coluna na Zero Hora do dia 02/01/2011, que eu havia postado um trecho no meu FB.
Ela tem textos tão gostosos de ler e que podem ficar ali por muito tempo, que cada vez que você lê, parece que encherga algo novo.
Eu adoro de paixão.

"(...)
Portanto, esses são os meus votos: deixe-se em paz.
Parece uma frase grosseira, mas é apenas um desejo sincero e generoso. Deixe-se em paz. Não se cobre por não ter realizado tudo o que pretendia, não se culpe por ter falhado em alguns momentos, não se torture por ter sido contraditório, NÃO SE PUNA POR NÃO TER SIDO PERFEITO. Você fez o melhor que podia.
(...)
















Que mania a gente tem de fazer listinha de resoluções, prometer mundos e fundos COMO SE UMA SIMPLES VIRADA DE ANO BASTASSE PARA NOS TRANSFORMAR NUMA PESSOA MAIS COMPLETA E COMPETENTE.
(...)
Não dê tanta importância à melhor roupa para vestir, à melhor frase para o primeiro encontro, às calorias que deve queimar, à melhor resposta para quem lhe ofendeu, às perguntas que precisa fazer para se autoconhecer. DEIXE-SE EM PAZ.
(...)"

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Aquele que cativas

Pra quem não leu o texto da Martha Medeiros deste final de semana, vale ler.
Aqui um pedacinho, que VALE CADA PALAVRA!



Aquele que cativas
Martha Medeiros
Zero Hora, 14.08.2011
Caderno Donna



Me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo. Me sinto grata, mas responsável é demais
Devia ter uns 14 anos. Estava na sala de aula, olhar compenetrado no quadro-negro, quando de mão em mão chegou até mim um bilhete de uma colega que costumava ser esnobada pela turma e com quem conversara algumas poucas vezes na hora do recreio. Ela me convidava para ir a sua casa à tarde. E concluía com uma sentença: És eternamente responsável por aquele que cativas.
Eu não tinha a menor intimidade com aquela colega e não estava a fim de ir a sua casa. Mas ela havia recorrido a Saint Exupéry. Me impressionou.
Fui à casa dela, conversamos, emprestei uns cadernos, mas nunca ficamos íntimas e nunca mais ouvi falar da garota. Hoje deve ser uma ótima advogada, já que desde menina conhecia as manhas para se convencer alguém.
O que ficou daquela tarde foi o argumento. “És responsável por aquele que cativas.” Acabei rezando por essa cartilha por um longo tempo. Bastava a pessoa simpatizar comigo e eu me sentia na obrigação de ser atenciosa a ponto de fazer coisas que não queria. Até que um dia dei um basta nesse trelelé.
Com todo o respeito ao autor de O Pequeno Príncipe, a terceira obra mais publicada e traduzida no mundo, presença constante nas listas dos mais vendidos mesmo 68 anos depois de ter sido lançado, me concedo o direito de não me sentir responsável por aquele que cativo. Me sinto grata e envaidecida, mas responsável é um tantinho demais.
A frase, que não deixa de ser um bonito verso, ganhou ares de reprimenda e punição. Cuidado: se alguém gostar muito de você, se passar a depender de você, danou-se, será obrigatório adotá-lo. O que era pra ser espontâneo virou um dever.
Reconheço as melhores intenções do livro, que é belo e merece continuar sendo lido por muitas gerações. Mas a frase, quando usada como ameaça, cria um mal-estar entre cativantes e cativados. Será mesmo que você é responsável por quem se encantou por você?
Sei que há pessoas de má-fé que seduzem os outros por diversão e depois desaparecem, deixando o seduzido chorando abraçado às suas ilusões. Maldade. Não se deve brincar com os sentimentos de ninguém, aprendemos isso antes mesmo de aprender a ler. Mas nos casos em que a sedução se deu de forma não proposital, ninguém deve sentir-se amarrado.
E mesmo quando houve sedução intencional e essa foi retribuída, virando um relacionamento, quem desama primeiro não precisa se sentir culpado se resolver ir embora. Que seja educado, gentil, amável com aquele que tanto o preza ainda, mas está liberado para tocar sua vida de outra forma e à distância. Quem fica deve aprender a fazer o mesmo. Não é fácil ser rejeitado, mas transferir a responsabilidade do seu bem-estar para outra pessoa tampouco é uma atitude cativante.
Nada pessoal, pequeno príncipe. Apenas um contra-argumento.


Sempre sábia com as palavras, dona Martha Medeiros! Sou sua mais que fã!

A vida é muito curta!

"A vida é muito curta para acordar com arrependimentos.
Ame as pessoas que te tratam bem.
Ame, também, àqueles que não, só porque você
pode.
Acredite que tudo acontece por uma razão. Se tiver uma segunda chance, agarre com as duas mãos.
Se isso mudar sua vida, deixe acontecer.
Beije devagar.
Perdoe rápido.
Deus nunca disse que a vida seria fácil.
Ele simplesmente prometeu que valeria a pena..."

Uma boa filosofia de vida para um início de semana, não é?
Boa semana, boa segunda-feira!

domingo, 14 de agosto de 2011

Dia dos Pais

Neste dia dos pais, dois sentimentos:
O de saudade, do meu, que não tá aqui... Mas que foi o melhor pai.





O de agradecimento, pelo Tales , que é um paizão maravilhoso para os 2 filhos dele Laura e Dudu, para o meu Luis Henrique e para o nosso pequeno João Renato.


Feliz dia dos Pais pro meu pai Valter - que eu sei que me cuida onde estiver -  e pro maridão!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Descartar ou Reciclar?

O significado da palavra descartável  diz "do objeto que se lança fora, no todo ou em parte, após o uso" e a ideia do descartar após o uso além de ecologicamente incorreta, pensando pelo lado afetivo é bem complicada pois as relações de hoje são muito, mas muito descartáveis.
Sabe aquela coisa, usou, cansou, jogou fora? É aí que eu me refiro.
Não falo só de namoros e casamentos, mas de relações familiares, profissionais e amizades também.
Parece bem fácil. A faz alguma coisa que eu você não gostou, eu fiquei com raiva/triste/magoada/chateada com você, te xinguei, você parou de dizer oi, te excluo dos meus amigos, você não lembrou mais do meu aniversário, eu atravesso a rua para não olhar para você. Se somos próximos, deixamos de frequentar os mesmos lugares, para evitar o constrangimento dos demais. Parece simples, não é mesmo?



Mas não é simples. Ao menos não pra mim.
Se eu te conheço, se convivi contigo, fico bem chateada se você passar por mim na rua e fingir que não me viu. Mais ainda se você me conhece o suficiente para saber o quanto isso me incomoda.
Todo mundo erra, faz as suas bobagens, pisa na bola. Ninguém está livre de fazer uma burrada e acabar magoando alguém que quer bem. Daí a boa educação ensina a pedir desculpas, esperar a mágoa passar e tocar a vida em frente. Mas tem gente que não é assim e que carrega aquele rancor, tranforma aquela coisinha numa coisona e um probleminha num problemão. Quando você percebe já perdeu anos da tua vida.Perdeu a oportunidade de passar um monte de coisas legais junto com as pessoas que você sempre passava. Perdeu tempo.
Tenho um certo apego com coisas e com pessoas. Tem gente que acha bom, e tem gente que acha ruim. Tenho muita dificuldade de me "desfazer" das pessoas que gosto. Na verdade não me desfaço das pessoas. Posso me afastar. Mas guardo na lembrança, no coração, seja onde for de alguma forma o que a pessoa deixou de marcas na minha vida. Para que eu deixe de gostar de alguém é necessário que esta pessoa tenha sido muito filha da mãe e muito sacana comigo ou com as pessoas que eu amo.
Por isso pra mim as pessoas não são descartáveis mesmo. Não sou boazinha, nem preciso provar nada pra ninguém. Mas acredito em algumas coisas que carrego no coração. Pode parecer pura bobagem em tempos de que se não deu certo joga fora.
Pois eu sou sou afetivamente correta. Prefiro tentar reciclar antes de descartar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

6 anos de saudades

E lá se foram seis anos daquele primeiro de agosto. É difícil reviver cada minuto daquele dia, pai. A saudade que sinto de ti é grande demais. Dias maior, dias menor. Mas sempre por aqui no coração, na cabeça, na lembrança.É impressionante como somos parecidas contigo, eu e a Tasha.
Dia destes estávamos conversando, e vi nela muitas coisas e em mim outras tantas.Sempre te admirei tanto, te achei um homem tão digno, tão cheio de caráter, de dignidade, de qualidades. Um homem de bem acima de tudo, com um coração do tamanho do mundo.

Você sempre brigou pelas coisas que acreditava com unhas e dentes. E como, né? Aquele dia lá no Clube de Tiro, em que você recebeu a homenagem do pessoal, com a placa do Stand de Tiro com o teu nome fiquei super orgulhosa porque foi por causa daquelas tuas "manias" de levar tudo preto no branco que eles conseguiram resolver um problemão lá... e por isso também você ganhou essa homenagem.
Merecida com certeza. Acho honestamente que você merecia muitas outras homenagens pelo tanto que fizeste por muitas outras entidades às quais você dedicou da mesma forma. Muitas pessoas talvez não tenham entendido que você realemente brigava pelas coisas nas quais acreditava. Uma pena.
Cumpri meu ritual hoje. Fui lá, levei as mesmas flores brancas de sempre.
Nossa que saudades, quanta falta que você faz.
Sei que é bem egoísta este meu pensamento, mas muitas vezes queria ter você aqui. Teu abraço, teu colo, tuas conversas, até as tuas mijadas me fazem falta sabia? É tão ruim a sensação de não ter me despedido... Fica uma sensação de algo que está para acontecer. Vai saber.
Quem sabe um dia a gente vai se encontrar...